Os métodos que descrevo, são apropriados ao espaço que tenho, à disponibilidade de tempo e ao que pretendo com os meus canários, sendo que cada criador os deverá adaptar conforme os seus objectivos.

sábado, 31 de março de 2007

Propolis


A Propolis é um antibiótico natural isento de efeitos colaterais, como tal utilizo-a nos meus canários.
Existe na natureza uma resina que reveste os frutos de algumas plantas como o pinheiro, o salgueiro, a cerejeira, etc, que as abelhas recolhem e elaboram com as enzimas das suas secreções, a Propolis.
As propriedades terapêuticas da Propolis foram descobertas em tempos remotos. Já os antigos egípcios a utilizavam para cuidar do aparelho respiratório, de estados gripais, infecções de pele, cicatrização de feridas e outras infecções variadas.

Composição química:
• 50% de resinas e bálsamos: ácidos urânios, ácidos aromáticos, etc;
• 30% de gorduras e vitaminas: ácidos gordos, óleos essenciais, vitaminas do grupo B, vitamina C, vitamina E;
• 10% de polifenóis: flavonóides (Galantina);
• 5% de Pólen;
• 5% de Sais minerais: cálcio, cobre, ferro, bário, crómio, etc.

Parece que são os ácidos orgânicos e os polifenóis, contidos na Propolis, que desenvolvem, principalmente, uma dupla acção antibacteriana (bacteriológica e bactericida) que, tanto impede a multiplicação das bactérias como as mata.
Além da propriedade antibacteriana, tem uma outra propriedade que para nós criadores, é de extrema importância. É um antimicótico de largo espectro. Actua, sobretudo, contra a Cândida e Microporo, graças à presença dos polifenóis que bloqueiam o crescimento dos fungos. As abelhas que, segundo um instinto natural, reconhecem na Propolis esta função e utilizam-na para revestir as paredes dos casulos onde a abelha rainha põe seus ovos, como defesa ao ataque de fungos e bactérias.
Desenvolve uma acção imuno-estimulante que faz aumentar a resistência do organismo graças ao efeito dos flavonóides (galantina) e da vitamina C, os quais estimulam a síntese dos anticorpos e potencializam o sistema imunológico contra os agentes patogénicos.
Segundo as afirmações de fitoterapeutas de renome, a Propolis não tem efeitos colaterais e pode ser utilizada também por longos períodos e em doses mais elevadas.
A Propolis, devido às suas múltiplas acções e, por ser um antibiótico natural de largo espectro, pode ser usada na ornitologia sobretudo na prevenção de formas bacterianas intestinais que no período de incubação prejudicam os filhotes até o nascimento. Pode ser usada, também, nas doenças das vias respiratórias, nas dermatoses das patas que frequentemente provocam inflamação e rubor devidos aos erros alimentares, picadas de insectos e falta de higiene.

Onde encontrar a Propolis:
Para as nossas necessidades podemos utilizar a Propolis que aparece no comércio na forma de solução (gotas) e que é encontrada à venda nas ervanárias.

Modo de usar (posologia):
• 20 gotas em cada litro de água de beber no período de preparação às incubações por 15 dias consecutivos. A mesma dose durante 7 dias consecutivos após o nascimento dos filhotes;
• 30 gotas por litro de água de beber durante um período de 20 dias, no momento em que uma infecção for manifestada. É prudente neste caso intervir aos primeiros sintomas. Suspender durante 10 dias e repetir a administração por mais 10 dias;
• para as restantes doenças cutâneas, algumas gotas duas vezes ao dia sobre as áreas afectadas.

Conclusões:
A própolis também pode ser utilizada junto com outros antibióticos sintéticos. Para quem não pretende renunciar aos antibióticos tradicionais, assim terminada a utilização deste, é conveniente prosseguir 10 dias com Propolis. Esta precaução tem o objectivo de minimizar a queda das defesas imunológicas provocadas pelo antibiótico sintético, redução esta que origina a reincidência da doença.
Ricardo Ferreira

quinta-feira, 29 de março de 2007

Crias 2007


Aí estão elas, as minhas primeiras crias de Lipocromo vermelho deste ano. Não está a começar mal e com perspectivas de uma época de criações razoável. Agradeço especialmente a ajuda de dois criadores amigos, o sr. Jorge e sr. Ernesto, que me têm passado toda a sua experiência de anos na criação de canários.
Também com muito trabalho de pesquisas na net, nomeadamente nos sits que tenho em «links favoritos», consegui aprender um pouco mais.
Ricardo Ferreira

terça-feira, 27 de março de 2007

Pintassilgo

Nem sempre é fácil detectarmos qual o sexo de um pintassilgo, pois ambos, macho e fêmea, são muito semelhantes tanto na cor, como formato do corpo.
No entanto há pequenos pormenores que os distinguem, tais como a cor nas asas e cabeça, o formato do bico , etc.
Em anexo pode-se verificar alguns desses pormenores.
Ricardo Ferreira

segunda-feira, 26 de março de 2007

As anilhas


O sistema mais seguro para identificar aves, é o anilhamento. As anilhas são pequenos anéis metálicos invioláveis, colocados nas pernas das jovens aves por volta do 7º dia de vida, tendo em conta o seu desenvolvimento.
Nas anilhas oficiais está gravado as seguintes informações: a sigla da Federação; o Clube a que pertence; o ano do nascimento da ave; nº de Criador Nacional (stam) e um nº de ordem. Fica assim, identificada para toda a sua vida, pois esta identificação não sairá mais da perna.
O anilhamento é essencial para quem pretende participar com aves, em exposições e concursos oficiais.
Conforme trabalho fotográfico em anexo de Osvaldo Sereno, verifica-se todo o delicado processo ao anilhar a jovem ave, sendo que esta operação pode por vezes ser facilitada, com o uso de vaselina ou um outro lubrificante neutro.
Ricardo Ferreira

quinta-feira, 22 de março de 2007

quarta-feira, 21 de março de 2007

Nascimentos



Estou finalmente a ouvir os primeiros piar dos filhotes, é para mim a altura mais excitante de todo o ano, no que se refere à Canaricultura.
Para que os filhotes nasçam todos no mesmo dia, e tendo assim as mesmas hipóteses de sobrevivência, é necessário que a incubação não seja desfasada . A canária normalmente põe um ovo cada dia entre as 5 e 7 da manhã, se a deixarmos chocar logo a partir do primeiro, os filhotes irão nascer com dias de diferença e consequentemente o primeiro será muito maior que os restantes. Assim todos os dias o ovo acabado de pôr é trocado por um falso e armazenado numa caixa com arroz ou algodão, onde com muito cuidado o viramos de posição cerca de duas vezes por dia. No dia da 4ª postura, os ovos verdadeiros são postos novamente no ninho, para assim começar o choco, que dura cerca de 13 a 14 dias.
Durante a incubação, um bom macho redobra de atenção para com a fêmea: leva-lhe comida ao bico, canta com prazer as suas melhores melodias, e quando ela se esquece de mudar de posição e arejar os ovos, vai até o ninho, como a convida-la a fazê-lo.
A partir do 8º dia de choco, já se pode observar se os ovos estão fecundados, utiliza-se para isso uma contra luz para verificar o desenvolvimento embrionário e eliminar possíveis ovos não fertilizados. Os ovos cheios (galados) apresentam-se escuros sendo possível observar vasos sanguíneos no interior, quanto aos ovos brancos (não galados) são claros e vê-se a gema no seu interior.
Ricardo Ferreira
Os métodos que descrevo, são apropriados ao espaço que tenho, à disponibilidade de tempo e ao que pretendo com os meus canários, sendo que cada criador os deverá adaptar conforme os seus objectivos.