Os métodos que descrevo, são apropriados ao espaço que tenho, à disponibilidade de tempo e ao que pretendo com os meus canários, sendo que cada criador os deverá adaptar conforme os seus objectivos.

domingo, 28 de janeiro de 2007

Alimentação artificial


O modo mais racional, saudável e seguro de criar um ser é confia-lo à mãe e esta lei é valida também para os canários. O alimento, com efeito, antes de passar para o bico dos pequenos seres, é abundantemente impregnado de saliva da mãe e do pai, sendo assim mais facilmente digeridos; contudo , infelizmente, algumas vezes torna-se necessário enfrentar a alimentação artificial.
Recorre-se a esta solução quando os pais se negam a alimentar convenientemente as crias e o criador não dispõe de outras criadeiras. O êxito da aventura, visto se tratar precisamente de um aventura, depende sobretudo da paciência e habilidade que tenhamos nesta tarefa.
Para esta alimentação é necessário a ajuda de um palito e durante os primeiros seis dias, introduz-se comida no bucho de dez em dez minutos, e isto durante dezoito horas por dia, começando ao amanhecer e sucessivamente, o enchimento do bucho será mais abundante se bem que menos frequente.
Deve-se ter presente que o alimento administrado pelos pais passa antes pela sua boca e nunca esta frio, nem demasiado rijo, portanto, o alimento dado aos canários, artificialmente, deve ser fluido e apenas tépido: nem frio nem quente. Há nas casas da especialidade, várias papas para este fim, em que só é necessário administrar agua tépida, ficando assim a tarefa mais facilitada.
Por experiência própria, este método resulta muito bem, logo as crias se fortalecem e pedem alimento aos pais com mais avidez , reduzindo-se em muito as mortes nos ninhos por défices alimentares.
Ricardo Ferreira

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Doenças

Qualquer doença grave ou uma simples indisposição nos canários é quase sempre evidente: um canário encolhido, com a cabeça debaixo da asa, que dormita durante a maior parte do dia, come pouco ou nada, não canta e está apático, muitas vezes com as penas emaranhadas e transpira, e não é raro ver o seu pequeno corpo sacudido por espasmos e calafrios provocados pela febre.
Quando damos por conta do precário estado de saúde de um dos nossos canários, deve-mos isola-lo imediatamente e proceder ao seu tratamento. Se temos conhecimentos ou alguma experiência, saberemos depressa do que se trata, mas se estamos a iniciar neste campo, e o mal estar do canário se apresenta de forma insólita, o melhor então é leva-lo a um criador conhecido com experiência ou a um veterinário.
Não obstante as considerações de carácter humano que nos deve levar a socorrer uma criatura que sofre, temos como prioridade evitar que a doença contagie todo o nosso plantel causando-nos graves e preciosas perdas.
Actualmente através da ciência, dispomos de fármacos adequados a quase todos os tipos de enfermidades e mais importante ainda possibilita-nos a prevenção das mesmas.

Algumas doenças mais comuns dos nossos canários:

Ácaros:
Geralmente, os ácaros aparecem ao adquirir novas aves ou em aviários livres devido ao contacto com aves silvestres. As aves afectadas com ácaros, ficam inquietas, mexem nas penas e mostram uma debilidade geral.
Tratamento: consiste na utilização de insecticidas próprios para aves. Manter a ave durante alguns dias numa gaiola limpa e desinfectada. Pulverizar a gaiola ou os aviários com insecticidas, deixar actuar durante alguns dias e lavar tudo.

Anemia:
Ave com bico e pele muito pálido e descorado, tem falta de apetite e apresenta emagrecimento.
Causas: falta de glóbulos vermelhos provocada por uma deficiente alimentação, carências de vitaminas, por contágio de algum parasita, ou por falta de espaço.
Tratamento: acrescentar à dieta papa de ovo, verduras e um complexo vitamínico.

Artrite:
Detecta-se por um inchaço nas articulações, particularmente nas asas e patas, estando a ave constantemente no fundo da gaiola.
Causas: hereditariedade, aviário húmido ou deficiente alimentação.
Tratamento: lavar as zonas afectadas com um desinfectante próprio diluído em água e aplicar uma pomada adequada. Fornecer verduras.

Asma:
Dificuldade respiratória, muito cansaço com pouco esforço, bebe muita água e falta progressiva do apetite.
Causas: corrente de ar, higiene das instalações, sementes de fraca qualidade e canaril muito húmido.
Tratamento: fármaco adequado, espaço suficiente para a ave se exercitar, colocar a ave na «gaiola hospital», retirar sementes gordas e dar vegetais.

Bronquite:
Perda de apetite, narinas obstruídas, bico aberto, rouquidão, a ave agitada e não canta.
Causas: correntes de ar, fraca renovação do ar, alterações bruscas de temperatura.
Tratamento: isolar a ave na «gaiola hospital» à temperatura de 30º, administrar antibióticos e vitaminas A e D.

Coccidiose:
Ave com penas arrepiadas, sonolenta, sem apetite, diarreia de coloração desde o esbranquiçado ao vermelho, fraqueza, pele pálida, magreza e problemas na reprodução.
Tratamento: administrar medicamentos adequados a esta enfermidade, adicionados à papa ou na água. Existem nas casas da especialidade, vários produtos para prevenir e curar a coccidiose.
Prevenção: a coccidiose está directamente relacionada com cuidados gerais de higiene, alimentação bem pensada, água limpa e mudada diariamente, manejo adequado ao tipo de criação, isolamento das aves doentes, realização de exames pelo Veterinário no caso de mortalidade acentuada.

Colibacilose:
Causas:
doença provocada por um agente bacteriano com variantes, umas sem causar males maiores, convivendo pacificamente no intestino da ave e outras pelo contrário são patogenicas e resistentes a antibióticos. Os sintomas tanto nos jovens como nos adultos manifestam-se por uma diarreia frequente e de cheiro intenso. As penas das fêmeas podem-se apresentar molhadas pela diarreia das crias, morte destas entre o 4º e 10º dia de vida.
Tratamento: Utilizar antibióticos adequados à doença com duração média de 10 dias, sendo que devemos complementa-lo com um bom complexo vitamínico após esse período.

Diarreia:
Evacuação constantemente com fezes líquidas. Abdómen apresenta cor avermelhada.
Causas: fraca higiene no canaril e alimentação imprópria.
Tratamento: isolamento da ave na «gaiola hospital» e administrar um antibiótico adequado à base de Terramicina ou Aureomicina. Dar vitamina C e retirar todas as verduras e sementes negras ficando a ave só a comer alpista até o seu restabelecimento total.


Muda anormal:
Mudança das penas fora de época, irregularidade na formação das mesmas com quedas frequentes.
Causas: mudanças bruscas de temperatura; excesso de calor ou frio; local muito húmido ou muito seco; correntes de ar; mudança de alimentação; Stress; baixa luminosidade durante o dia; excesso de luminosidade artificial.
Tratamento: administrar diariamente uma papa de boa qualidade enriquecida com vitaminas e minerais.


Proventriculite:
Inflamação do papo causada por fungos, é encontrada com grande facilidade nos canários de cativeiro muito povoados e com grandes défices de higiene, provocando uma altíssima mortalidade nos jovens, em torno de 100%, normalmente entre 8 e o 9 dia de vida.
Tratamento: acompanhamento veterinário para a escolha do melhor medicamento e sua toxicidade. Os adultos não apresentam sintomas. O Proventrículo apresenta-se cheio de alimentos não digeridos, na mucosa interna do órgão, uma secreção esbranquiçada que normalmente se encontra contaminada por infecções secundárias bacterianas.


Salmonelose:
A Salmonelose é provocada por um grupo de numerosas espécies de bactérias que atingem todas as aves, principalmente os passiformes. Não existem sintomas específicos sendo alguns manifestados por asas caídas, olhos semi-fechados e uma dificuldade respiratória. Os jovens atingidos apresentam o abdómen inflamado, fezes de cheiro intenso e líquidas e por vezes aderentes à cloaca. A doença é mais comum nos adultos. Na forma aguda, a morte pode ocorrer de 1º a 4º dias. Fezes diarreicas e esbranquiçadas.
Tratamento: higiene do criador e desinfecção do ambiente muito rígida, pois, trata-se de uma doença comum ao homem e ao animal. Em animais mortos observa-se muitas lesões nos pulmões, rins, fígado., etc.

Stress:
Ave assustada, sonolenta, abatida devido a alimentação imprópria ou excesso de antibióticos
Causas: sustos, barulhos repentinos no canaril, etc.
Tratamento: administrar vitaminas e eliminar os barulhos, as causas da fadiga, a deficiente alimentação, as mudanças de temperaturas e o excesso de parasitas.
Ricardo Ferreira

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Criação de Canários

Geralmente, quem se dispõe a criar canários não necessita ter conhecimentos muito aprofundados, mas iniciar sem ter alguma experiência e nenhuma espécie de conhecimentos é um risco demasiado elevado. Por este facto acho que é melhor principiar com casais de raças «vulgares» para que proporcionem ao principiante a possibilidade de aprender as noções que dificilmente se obtém nos livros.
A missão do criador é intuitiva e depende da sensibilidade e carinho que dedique a esta tarefa.
Mais do que a sua experiência, habilidade e senso comum, são extraordinariamente importantes os seus conhecimentos sobre a psicologia destes animais, o instinto que sugere o comportamento a ter com estas aves e a solução mais adequada, perante os problemas que se apresentam.
O amor para com os canários estimula o criador a desvendar todos os mistérios que regulam a vida e a reprodução destes animais, estudando os seus hábitos, as exigências e o carácter dos mesmos. Apesar disto, por vezes, fracassa uma criação devido a acontecimentos que nada poderia fazer prever; por exemplo, as condições do clima, rápida mudança de temperatura, uma doença, deficiências de nutrição ou cuidados especiais de uma determinada raça.
Por isto tudo, um principiante deve iniciar as suas experiências com animais de preço económico a fim de estar preparado para outras mais seleccionadas, principalmente se tiver em conta que não existem regras exactas para a criação de canários.
Ricardo Ferreira

sábado, 13 de janeiro de 2007

A minha Vespa

Vespa 50S de 1968 (amarelo canário, claro)






Aquele abraço...

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

Canaril








Canários 2006

Pintassilgo

















Crias 2006






Reprodutores

















Mãe com crias








Kardus

Olá, chamo-me Ricardo Ferreira, moro em Sta Clara - Coimbra e tenho a criação de canários como paixão.
Paixão esta, que me dedico de alma e coração desde 2004.


Crio canários de cor e porte(Glosters)...
Os métodos que descrevo, são apropriados ao espaço que tenho, à disponibilidade de tempo e ao que pretendo com os meus canários, sendo que cada criador os deverá adaptar conforme os seus objectivos.