Os métodos que descrevo, são apropriados ao espaço que tenho, à disponibilidade de tempo e ao que pretendo com os meus canários, sendo que cada criador os deverá adaptar conforme os seus objectivos.

domingo, 9 de dezembro de 2007

O meu pequeno Forpus...

No passado mês de Novembro, foi-me gentilmente oferecido um Forpus, pelo presidente da AOC, Sr. Vilela.
Como só crio canários, este pequeno psitacideo é unicamente para eu domesticar.
Para tal foi necessário tira-lo do ninho ainda relativamente novo, mais propriamente quando começam a aparecer as primeiras penas.



Chama-se «Pidgy» e tornou-se a mascote da família, pois é muito mimado e só quer andar nos nossos ombros zangando-se quando o tiramos.



Este pequeno psitacideo com mais ou menos 13 cm é oriundo do nordeste do Peru e nordeste Equatorial, onde se observam em bandos por volta de duas dezenas de exemplares enquanto se alimentam de sementes, bagas e frutos.



A semelhança com os Papagaios não se fica pelo aspecto, estas aves, quando criadas à mão, ou habituadas a conviver com os humanos desde muito pequenas, dão animais de estimação excelentes. São muito inteligentes, curiosos e conseguem reconhecer as pessoas.



Tal como qualquer Papagaio, quando domesticado, não suporta a solidão, requerendo muita atenção por parte do dono.



Por tudo isto, o meu muito obrigado Sr. Vilela.
Ricardo Ferreira

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Expo-Ave Coimbra 2007...

Realizou-se no passado dia 1, 2, 3 e 4 do corrente mês, mais uma Expo-Ave Coimbra 2007, organizada pela Associação Ornitológica de Coimbra.



Este evento, teve pela parte do público, adepto às aves, uma grande afluência. Este êxito, só foi possível, graças ao contributo dos expositores, patrocinadores, colaboradores e especialmente ao excelente trabalho realizado pelos elementos da direcção desta associação.




Foi com enorme satisfação que participei nesta Exposição, pela 1ª vez, com 8 canários, ficando um deles, Gloster Corona Verde Nevado, em 2º lugar.




A todos os intervenientes deste evento um grande bem-haja.


Ricardo Ferreira

2º Lugar com Gloster Corona...

É sempre com grande satisfação que vemos o nosso trabalho de um ano reconhecido e premiado. Foi na Expo Aves 2007 organizada pela Associação Ornitológica de Coimbra, que no meu caso, obtive o 2º lugar com um Gloster Corona Verde Nevado...

domingo, 28 de outubro de 2007

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

sábado, 15 de setembro de 2007

A MUDA

A MUDA NOS CANÁRIOS ADULTOS
Embora resistentes, as penas das aves, com o passar do tempo, começam a perder o brilho e beleza, sendo necessário a sua substituição. É um processo normal na vida das aves, estando ligado a factores biológicos com as hormonas produzidas pela tiróide.
A muda é anual e inicia-se logo a seguir à época da cria. Se o canário estiver bem alimentado, todo este processo é fácil e será aproximadamente de 6 a 8 semanas. Nesta fase, a ave pode perder parte das penas ao mesmo tempo, mantendo no entanto uma razoável quantidade, suficiente para proteger o corpo e voar.
Se a temperatura estiver elevada, a muda pode-se antecipar e terminará mais cedo. Com clima moderado e fresco, é normal haver atrasos.
Nos adultos a muda de penas do rabo, asas e restantes partes do corpo, inicia-se do centro para as extremidades. A das asas ocorre simultaneamente e aos pares, pelo corpo ocorre por inteiro e termina na cabeça.
As penas caem naturalmente e devagar, quase não se percebe que o pássaro está a mudar. Se voar com dificuldades ou começar a aparecer a pele, pode haver má alimentação ou outras causas: como stress, luz artificial, correntes de ar, etc.
Banhos de sol pela manhã (8 às 9 horas) ajudam bastante na muda, sempre com muita atenção ao facto do sobreaquecimento das aves. Mantenha a higiene dos viveiros, e forneça banheiras com água limpa para banhos.
A MUDA NAS CRIAS
Os filhotes nascem «nus» com uma finíssima plumagem, e aos poucos vão aparecendo penas que quando saem do ninho já estão completas. Estes, também mudam novamente por volta do terceiro ao quarto mês de vida, é a chamada «muda de ninho». Mudam somente as penas do peito e cabeça, pois as das asas e rabo só quando completam um ano.

MUDAS PRECOCES
As mudas precoces são consideradas aquelas em que as penas são trocadas fora de sua época normal.
Bruscas mudanças de ambiente, temperaturas muito elevadas, sustos anormais, luzes artificiais que acordam as aves durante o sono, entre outros factores, são causa de muda precoce.
Um pássaro que entra em muda precoce é um pássaro triste e não canta. Teremos que esperar, com paciência, o término do processo. Isto poderá atrasar ou até mesmo anular a capacidade da ave para a reprodução. Deve-se proceder a uma alimentação mais cuidada e administrar alguns suplementos vitamínicos. Dar muito sossego à ave.
Ricardo Ferreira

quinta-feira, 19 de julho de 2007

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Canários Gloster...

O Gloster é a raça mais popular de canários de porte, e encontramos excelentes exemplares em Portugal.
A aceitação por parte dos criadores é boa, não só pela existência da sua elegante coroa como também por ser um pássaro de tamanho pequeno, que apresenta uma variedade de cores com pintas ou marcas, quer seja na cabeça, no peito, no dorso e/ou na cauda, além de se ter sucesso mais ou menos fácil na criação.



Existem duas variantes nesta raça:

a) Pássaro que possuem coroa, denominados "corona"
b) Pássaros de cabeça lisa, denominados "consorte"

A partir de 1990, os canários da raça Gloster tem-se desenvolvido muito, e a cada 2 ou 3 anos verifica-se um progresso acentuado em relação à aproximação com o «standard».
As mudanças foram as seguintes: diminuiu o tamanho; a cabeça aumentou; as coroas voltaram a se destacar; a quantidade de intensos está a crescer acentuadamente e os lipocromos estão a fixar-se; etc.



Cor de fundo:

A cor base da plumagem do canário Gloster, denominada cor de fundo, pode ser branca ou amarela, (nevado ou intenso). A qualidade de um bom plantel de Gloster exige a criação constante de excelentes canários verdes (fundo amarelo melânico), para mantermos através do seu cruzamento, uma boa estrutura de penas, tamanho, forma, vitalidade, além da fixação da forma do canário.

Características do corona:

Cada cor de fundo apresenta características e formação de corona diferenciado. Os coronas de fundo nevado são os mais perfeitos face a sua formação ser composta de penas longas, fofas e largas, enquanto que os coronas de fundo branco e fundo intenso possuem, normalmente, penas duras, curtas e estreitas. Em detrimento a essas diferenciações não é correcto comparar a coroa de canário de fundo intenso ou branco com o fundo nevado.

Cuidados na compra:

Desde há cinco anos que os Glosters têm evoluído muito, surgindo canários mais robustos, elegantes, resistentes, férteis e dentro do padrão estabelecido, tais como beleza (bela plumagem, tamanho proporcional, cor adequada, tamanho de bico, etc).

Para os que estão a começar a criar Glosters, aqui vão algumas dicas:

- Compre canários de criadores com linhagens de pelo menos cinco anos, pois as características assim estão bem fixas. Pague o preço certo pela qualidade desejada.
- Compre canário de cabeça lisa ou de coroa de boa qualidade que, devem custar em média o dobro do preço de um pássaro comum.
- Estar atento às características: bico, cabeça, coroa se for o caso, peito, nuca, tamanho da cauda proporcional ao corpo, etc. Portanto, quando for adquirir ou seleccionar um exemplar, deverá escolher sempre o mais perfeito, sem esquecer das óptimas condições de saúde.



Conclusão:

Devemos adquirir pássaros de boa procedência, se possível, conhecer o plantel do criador onde poderemos observar os seus reprodutores e possíveis premiados nas exposições. A escolha das matrizes (dos canários pai e mãe) para a formação de uma boa linhagem é fundamental para o criador principiante. Para isso, é aconselhável procurar-mos um criador consagrado. A qualidade é fundamental. Adquira qualidade e não quantidade quando iniciar. Com dedicação e perseverança os resultados aparecem.
Obs. Fotos de Glosters tiradas da net...
Ricardo Ferreira

domingo, 10 de junho de 2007

terça-feira, 5 de junho de 2007

Fotos Kardus!...

Esta época de criações que quase termina, está a ser no meu canaril, bastante frutífera no que diz respeito a crias, pois ao fim de tanto trabalho e dedicação, dá gosto contemplar o voador cheio de vida e alegria...

domingo, 27 de maio de 2007

Como eu faço...

Mistura de papa para as crias...

Durante as criações, há necessidade de preparar-mos uma papa o mais completa possível sendo igualmente apetecível para as nossas jovens crias.Com o método que utilizo, não querendo dizer que é o ideal, tenho obtido excelentes resultados, com nenhuma morte de crias até a presente data:

Começo por juntar uma parte de couscous para duas de água;



Ao fim de aproximadamente 30 minutos, obtemos uma pasta bastante volumosa e húmida;



Seguidamente juntamos aos couscous já humedecidos as sementes previamente cozidas durante cerca de 20 minutos, obtendo-se assim uma pasta de aspecto bastante apetitoso;



Finalmente só nos resta misturar às respectivas papas com ou sem factor, na proporção que achar-mos conveniente por forma a ficar uma mistura solta e húmida. Sirvo-a em pequenas tacinhas ou comedouros nas quantidades necessárias para as crias nos viveiros e nas que já estão no voadoro, de notar a alegria com que comem, um verdadeiro festim.



De notar ainda, que podemos juntar algumas vitaminas a este preparado, no meu caso particular junto sempre algumas gotas de Propólis e de óleo figado de bacalhau...
Ricardo Ferreira

domingo, 6 de maio de 2007

Canários de cor...

O canário silvestre é verde raiado de preto ou castanho. As penas da cabeça, dorso e lados têm nervuras escuras. As penas das asas e cauda são escuras. Estas cores provêm de duas substâncias corantes chamadas melaninas.
As de tons pretos são eumelaninas.
As de tons castanhos são phaeomelaninas.
Comparando com o pássaro domesticado, o canário silvestre tem igualmente riscas ao longo do corpo, pretas acinzentadas e acastanhadas.
Nos canários silvestres é mais evidente a diferença entre sexos. As cores são definidas por dois grupos:
Cores lipocrómicas
Cores melanicas
As lipocrómicas provêem dos carotenóides das plantas verdes. As aves absorvem estas substâncias na alimentação e o organismo transforma-as em cores lipocrómicas, transportadas pelo sangue até às penas. Somente se verifica durante a muda das penas, sendo importante que neste período as aves comam vegetais, para apurar a sua bonita cor, principalmente nos de factor amarelo e vermelho. Quando a muda terminar, a alimentação deixa de ter influência nas substâncias lipocrómicas. A substância lipocrómica (cor - base) é amarela no canário verde. Uma mutação faz com que esta substância se torne numa cor base branca, da qual os canários acinzentados, assim como brancos ou em parte brancos, provêm. A mesma mutação, que permitiu a cor base amarela transformar-se em branca, pode ser transferida, através de cruzamentos, para outras mutações, dando canários castanhos, ágata e isabel.
Uma terceira cor é a vermelha, mas contráriamente ao que acontece com a branca, não é conseguida através de mutação, mas sim, por hibridação com cardeal vermelho (Spinus cucullatus) da Colômbia e Venezuela. Este cruzamento teve como finalidade obter um canário vermelho, o que até certo ponto foi conseguido.

As cores escuras, ou melánicas, têm influencia não só no padrão (riscas), nomeadamente das penas das asas e da cauda, mas também na cor base. Ao contrário do que acontece com as lipocrómicas, a alimentação não exerce influência sobre as melánicas. O branco da cauda, assim como partículas amarelas nas penas menores, aparecem através de mutações. A escolha destas aves coloridas, permitiu o surgimento dos canários matizados de amarelo e amarelos lisos. Nos canários coloridos, as melaninas não se espalham regularmente por toda a plumagem, mas sim em partes definidas: como a cabeça; à volta dos olhos; peito; lados; dorso; pescoço e penas exteriores da cauda.
No interior da sua plumagem existem muitas variações que vão desde o verde com uma ou apenas algumas penas de cor clara até ao amarelo liso com apenas algumas penas escuras.
Existe ainda um factor muito raro: factor óptico "azul" – que tem influência nas células das penas. Ele transforma a cor amarela em amarelo – limão, com um brilho esverdeado, cinzento – ardósia para azul metálico, e faz com que os pássaros vermelhos tenham uma cor mais intensa. Na cor amarela, podem-se constatar duas variantes, provocadas por diferentes estruturas de penas. Uma delas é amarelo vivo, e outra amarelo claro. Actualmente a estas diferenças chama-se respectivamente intensa e nevada. Os pássaros de cor intensa são aparentemente menores e mais elegantes, devendo-se ao facto da plumagem ser mais fina e menos cerrada do que nos pássaros de cor nevada. Nestes, as penas são largas e a cor base não chega a atingir as pontas das penas. Nos pássaros de factores amarelo e vermelho, as pontas das penas são brancas, o que faz parecer que a plumagem está salpicada de geada. Esta estrutura de penas, também se encontra em todas as outras cores, mas é mais visível nos pássaros de cor base amarela ou vermelha. Nos pássaros nevados de cor verde, as pontas das penas são cinzentas. Nos de cor base branca, é mais difícil diferenciar intensos e nevados.
Uma terceira cor lipocrómica, chamada mosaico, aparece mais realçada nos pássaros de factor amarelo ou vermelho. Nos pássaros mosaico, a plumagem é amarela/vermelha – esbranquiçada, mas com uma base amarela/vermelha mais intensa no ângulo dos olhos, peito, ombros e uropígio.
Esta cor aparece com maior expressão nos machos. Este padrão mosaico também se encontra noutras cores, embora não sendo tão notórias.
Ricardo Ferreira

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Separação dos filhotes


Este artigo pretende mostrar um método de separar os filhotes dos pais, sem que se tenha problemas de maior. Os principais problemas que acontecem são os constantes ataques que os pais fazem aos seus filhotes, e uma separação precoce não permitindo que os filhotes aprendam a comer suficientemente, muitas vezes levando-os à morte, ou obrigando-nos a alimentá-los manualmente.

Um dos métodos baseia-se em separar a fêmea da gaiola de criação, pondo-a noutra (sem ninho), quando os primeiros filhotes estão entre o 30º e o 35º dia de vida. Deixa-se apenas o macho na gaiola, para que ele termine o trabalho de alimentar e ensinar os seus filhotes.

Após 10 dias aproximadamente, já é possível separar todos os filhotes alimentando-se correctamente e, sem que os mesmos tenham sido atacados pela mãe que anseia construir novo ninho. Logo de seguida coloca-se novamente a fêmea na gaiola que contém o macho e verifica-se que em função do pequeno período que o casal esteve separado, a fêmea está mais fortalecida e alimentada para iniciar um novo ciclo de postura e criação.

Em casos de machos indiferentes pela tarefa de alimentação, pode optar-se por separar o macho e deixar as crias com a fêmea, contudo esta não estará tão bem fortalecida para uma nova tarefa de criação, pois não passou pelo período de repouso.
Ricardo Ferreira

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Crias a 25/4/2007

Como se pode ver, esta época estou com muitos ninhos cheios, está a ser um ano bom, fruto de muito trabalho e pesquisas de conhecimentos e experiências de amigos criadores...

quarta-feira, 18 de abril de 2007

A importãncia das vitaminas


As misturas tradicionais de sementes e cereais, mesmo quando estão perfeitamente equilibradas, não contêm todos os ingredientes necessários às aves para assegurar um funcionamento ideal do corpo. Na ração tradicional faltam aminoácidos, sais minerais, oligoelementos e também vitaminas. Além disso, as vitaminas são excepcionalmente sensíveis à humidade, à luz directa do sol e às altas temperaturas: depois de um certo tempo, não têm mais efeito.
Devido a esta falta de vitaminas (do latim vita = vida) vários importantes processos metabólicos dentro do corpo da ave estão bloqueados; de facto as vitaminas são vitais! O metabolismo (uma combustão que origina energia) é ainda mais acentuado durante determinadas épocas, um facto que torna as nossas aves ainda mais sensíveis à falta de vitaminas.

Durante a CRIA, o corpo da ave tem necessidades muito especiais. A fêmea produz posturas que têm praticamente um peso igual ao seu. E a seguir deve, numa situação stressante e após um período de choco prolongado, criar os seus filhotes: por vezes até 3 posturas por ano!
É evidente que a ave «sofre» bastante. Além dos elementos constituintes importantes como os aminoácidos, os suplementos vitamínicos são igualmente indispensáveis para as aves. Isso é muito importante não somente para uma boa fecundação e para a formação dos ovos mas também para o saudável crescimento das crias.

Existe um outro factor que provoca esgotamento nos pássaros: O STESS. Neste caso, devido a uma redução dos seus mecanismos imunitários, a ave é mais sensível às infecções. Uma falta de vitaminas pode agravar ainda mais esta situação e finalmente que a ave adoeça.

A MUDA é uma época fisiológica muito dura para os pássaros. Devendo construir uma nova plumagem, o seu metabolismo funciona muito activamente. Nas misturas tradicionais não só faltam várias vitaminas em quantidade suficiente, como também aminoácidos sulfúreos.

Para concluir,em todas estas épocas, torna-se indispensável adicionar regularmente vitaminas e outros elementos essenciais à alimentação das nossas preciosas aves.
Ricardo Ferreira

Família Gloster

Aqui podemos ver as várias fases do desenvolvimento de uma Família Gloster...





sexta-feira, 13 de abril de 2007

Gloster ao natural...

Família Glosters vista de uma perspectiva natural...



Os métodos que descrevo, são apropriados ao espaço que tenho, à disponibilidade de tempo e ao que pretendo com os meus canários, sendo que cada criador os deverá adaptar conforme os seus objectivos.